OS SETE COMPORTAMENTOS DO AUTOCUIDADO

Os sete comportamentos do autocuidado

Ana Renata de Godoy Ferreira 

O autocuidado pode ser definido através de atividades que o indivíduo realiza em benefício de si próprio. Essas atividades estão relacionadas ao bem-estar e à promoção da saúde. A facilidade para essas atividades serem praticadas está associada às habilidades e dificuldades do indivíduo. O autocuidado é uma prática aonde o indivíduo será protagonista do próprio cuidado, baseado em diretrizes estabelecidas pela medicina. Vários fatores podem influenciar na decisão do autocuidado, dentre eles podemos citar: fatores ambientais, sociais, econômicos, hereditários e de acesso aos serviços de saúde (GOMIDES et al., 2013). 

Os sete comportamentos do autocuidado é um instrumento que foi validado pela Associação Americana de Educadores em Diabetes. Esse instrumento auxilia na identificação das habilidades e pontos de maior atenção que a pessoa com diabetes deve desenvolver (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2022). 

Os principais objetivos dos sete comportamentos do autocuidado para quem tem diabetes é incentivar o indivíduo a buscar um bom controle da glicemia e também que ele se adapte de forma positiva, mesmo com o diagnóstico (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2022). 

É importante que a pessoa com diabetes tenha conhecimento dos sete comportamentos do autocuidado para um tratamento efetivo, sendo sempre direcionado por uma equipe de saúde que facilite este processo. São eles: 

  1. Comer saudavelmente: uma alimentação saudável garante equilíbrio entre as escolhas dos alimentos e suas quantidades. Alimentos in natura ou minimamente processados devem ser preferidos e de maneira que a refeição esteja balanceada. O PRATO SAUDÁVEL é composto por 50% de vegetais crus e cozidos, 25% de proteína e 25% de carboidratos. 
  1. Praticar exercícios: o resultado da prática do exercício resulta numa maior facilidade da glicose entrar na célula e também diminui a resistência a insulina. Escolha um exercício que seja prazeroso e aumente gradualmente o tempo da prática desse exercício. Não se esqueça da hidratação e para quem faz uso de insulina, verificar a glicose antes e depois do exercício. 
  1. Vigiar taxas: a monitorização da glicose seja através de glicosímetro ou através de sensores de monitorização contínua da glicose, traz resultado importante para a tomada de decisão. Nesse caso a chance de hipoglicemia e hiperglicemia pode ser reduzida. Importante registrar os resultados para que a equipe de saúde avalie junto ao paciente, se as metas estão sendo atingidas. 
  1. Tomar medicamento: importante seguir a prescrição médica, principalmente atentar-se para o horário de tomada dos medicamentos, bem como se os medicamentos podem ser tomados juntos ou se precisam de jejum. O paciente deve estar orientado caso esqueça a tomada do medicamento e também ser orientado quanto ao local de armazenamento. Nos casos de uso da insulina, o paciente deve estar orientado quanto à técnica de aplicação, importância do rodízio da aplicação e armazenamento da insulina, reutilização e descarte correto das agulhas. 
  1. Resolver problemas: saber identificar e corrigir a hipoglicemia e hiperglicemia é uma ação para esse autocuidado. 
  1. Reduzir riscos: o risco diminuído para desenvolver complicações está associado ao estilo de vida saudável, participação em grupos de educação em diabetes, prevenção através de consultas com especialistas e realização rotineira de exames laboratoriais. 
  1. Adaptar-se saudavelmente: estar preparado com o quantitativo de insumos para uma viagem, diante de um quadro infeccioso e manejo da glicose, diante das escolhas em uma festa. Uma rede de apoio é importante para o enfrentamento saudável e convívio com o diabetes (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2022). 

 REFERÊNCIAS: