Enfrentamento e apoio familiar no DM2

Enfrentamento e apoio familiar no DM2

O diagnóstico do DM2 vem em geral, com o estigma da “culpa”, por não ter se cuidado, pelo medo do futuro, do pré conceito familiar, da exclusão social e finalmente a derrota com as complicações. A sociedade, como um todo, entende que a chegada do DM2 se deu por “culpa” de não visitar o médico, de não seguir as regras, em ser julgado por todos ao seu redor, além dos imensos medos das sequelas. É uma visão distorcida e ameaçadora que apresenta sentimentos e comportamentos estressantes.  

Estudo, que teve tem como objetivo verificar a relação entre fatores emocionais, qualidade de vida e adesão ao tratamento em adultos com DM2, utilizou instrumentos validados, e mostraram não haver correlação entre fatores emocionais e adesão ao tratamento. Contudo verificou-se correlação significativa entre tempo de diagnóstico do DM2 e adesão, sugerindo que, quanto maior o tempo em que o participante apresentava a doença, maior a dificuldade em manter os níveis glicêmicos estabilizados e aderir às orientações prescritas. Observou-se também correlação positiva entre baixa adesão e estrutura familiar, que vão além dos emocionais, que devem ser considerados na análise da adesão ao tratamento. (1) 

Outro estudo avaliou a percepção de apoio social e funcionalidade por pacientes DM2 atendidos em ambulatório de Endocrinologia, verificou controle glicêmico e outras variáveis, através de entrevistas. A percepção de apoio social tanto grupo Feminino como no Masculina foram muito boas.(2) 

A equipe multiprofissional precisa estar presente nas orientações, tanto para a pessoa que desenvolveu DM2 como para seus familiares e pessoas próximas, estimulando novos comportamentos e ajudando-os a avaliar os resultados do tratamento, em especial sobre o autocuidado e desmistificação de mitos. 

REFERÊNCIAS: 

  1. Ramos L, Ferreira EAP. Emotional factors, life quality and adhesion of treatment in adult with diabetes type 2. Journal of Human Growth and Development 2011; 21(3): 867-877. Artigo submetido em 16.03.11, aceito em 20.08.11. Rev Brasileira de Crescimento Desenvolvimento Humano 2011; 21(3): 867-877 
  1. Sousa-Munoz, R L  e Sá , A. D.Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Médicas, Departamento de Medicina interna . Apoio social, funcionalidade familiar e controle glicêmico de pacientes DM2. Publicado  https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/143945